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A inteligência artificial continua a avançar de forma significativa na transformação dos sistemas de saúde a nível global, com novos desenvolvimentos a impulsionar a inovação no diagnóstico, tratamento personalizado e iniciativas de saúde pública. Desde investimentos de grande escala em investigação oncológica com recurso a IA até ferramentas inovadoras para apoio na gestão de doenças crónicas, os anúncios recentes demonstram o crescente dinamismo na aplicação da tecnologia à saúde — especialmente em regiões com acesso limitado. Estes progressos refletem não só o compromisso do setor com a melhoria do acesso e dos resultados em saúde, mas também evidenciam os desafios que persistem em torno da confiança, integração e equidade global.
A Omada Health lançou o “OmadaSpark”, um agente nutricional baseado em IA para apoiar pacientes com doenças crónicas como diabetes e obesidade. A ferramenta oferece acompanhamento alimentar personalizado, definição de metas e integração com equipas clínicas humanas, proporcionando uma abordagem holística à gestão nutricional. Este lançamento coincide com o pedido de entrada em bolsa (IPO) da empresa, sinalizando a sua expansão no setor de “comida como medicina”. [Business Insider]
A startup indiana Qure.AI, conhecida pelas suas ferramentas de diagnóstico por IA para doenças como tuberculose e AVC, pretende entrar em bolsa nos próximos dois anos. Com cerca de 15 milhões de pacientes atendidos anualmente, a empresa está a expandir-se nos EUA, América Latina e África, com foco na deteção precoce de doenças em regiões carenciadas. [Reuters]
A BioNTech anunciou um investimento de mil milhões de libras para estabelecer centros de investigação em IA e genómica em Londres e Cambridge ao longo da próxima década. Com apoio de £129 milhões do governo britânico, o objetivo é acelerar a medicina personalizada, com destaque para o desenvolvimento de vacinas contra o cancro. [The Times]
O relatório Philips Future Health Index 2025 mostra que a IA pode reduzir o esgotamento clínico e os tempos de espera dos pacientes. No entanto, existe uma lacuna de confiança significativa: apenas 38% dos clínicos acreditam que as ferramentas atuais de IA satisfazem as necessidades do mundo real, e o ceticismo entre os pacientes (especialmente com mais de 45 anos) continua elevado. [Philips]
O estado indiano de Telangana iniciou um programa piloto de rastreio oncológico com IA, focado em cancros oral, da mama e do colo do útero. A iniciativa utiliza imagem de alta resolução e análise por IA para melhorar a deteção precoce e será expandida a faculdades médicas estatais, ajudando a colmatar a escassez de radiologistas.
O Vellore Institute of Technology (VIT) e a Universidade Médica Dr. MGR do Tamil Nadu assinaram um protocolo de colaboração para investigar aplicações de IA na saúde. Esta parceria abrange projetos conjuntos, desenvolvimento tecnológico e iniciativas educacionais, com o objetivo de integrar engenharia e ciências médicas para soluções de saúde avançadas. [The Times of India]
À medida que a inteligência artificial se integra cada vez mais nos sistemas de saúde, o seu potencial para enfrentar desafios persistentes — desde a deteção precoce de doenças até à escassez de profissionais — continua a expandir-se. Embora os avanços recentes representem um progresso significativo, garantir que estas tecnologias tenham um impacto real exigirá colaboração contínua, implementação responsável e um forte compromisso com a construção de confiança junto das comunidades. O caminho a seguir é claro: abraçar a inovação mantendo o foco em resultados equitativos e centrados no paciente.
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