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Num passo importante rumo à equidade na saúde, a Universidade de Pittsburgh (Pitt) e a Leidos anunciaram uma colaboração de 10 milhões de dólares ao longo de cinco anos para usar inteligência artificial (IA) no diagnóstico precoce do cancro e de doenças cardiovasculares — com especial foco em comunidades desfavorecidas. Este projeto é liderado pelo Computational Pathology and AI Center of Excellence (CPACE) da Pitt, um centro dedicado ao desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico com base em IA.
A parceria tem como objetivo criar soluções baseadas em IA que acelerem o diagnóstico de doenças, melhorando significativamente os resultados clínicos. O CPACE já desenvolveu aplicações de IA generativa capazes de produzir relatórios de leucemia com elevada precisão em poucos minutos — uma inovação que reduz drasticamente o tempo de espera pelos resultados e diminui a sobrecarga dos profissionais de saúde. [Axios]
Um dos objetivos centrais desta colaboração é reduzir as disparidades no acesso à saúde, garantindo que estas tecnologias estejam disponíveis em sistemas de saúde que servem populações rurais e marginalizadas. Através da integração de ferramentas de IA em contextos clínicos subfinanciados, a iniciativa visa proporcionar diagnósticos atempados e fiáveis, essenciais para tratamentos eficazes. [Pitt School of Medicine]
Conscientes dos desafios associados à IA na saúde, como os enviesamentos algorítmicos e a confiança excessiva na tecnologia, os investigadores da CPACE defendem uma abordagem ética à implementação da IA. O modelo “humano na decisão” (human-in-the-loop) é essencial para garantir que as decisões médicas continuam a ser supervisionadas por profissionais de saúde, mantendo a integridade do processo clínico e a confiança dos pacientes. [utimes]
Para além das aplicações clínicas imediatas, esta parceria é também uma plataforma de investigação em patologia digital e diagnóstico assistido por IA. Estão previstas iniciativas de formação, estágios e eventos científicos para capacitar uma nova geração de profissionais em saúde digital e inteligência artificial. [Fierce Healthcare]
A Leidos pretende usar esta colaboração como base para disponibilizar soluções de patologia digital alimentadas por IA tanto no setor público como no privado, à escala global. Com a comercialização destas tecnologias, a parceria procura estabelecer novos padrões para o diagnóstico de doenças, contribuindo para transformar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde em todo o mundo.
A parceria entre a Pitt e a Leidos é um exemplo do potencial transformador da IA na área da saúde — especialmente na melhoria do diagnóstico e na promoção da equidade no acesso aos cuidados. Com foco nas comunidades desfavorecidas e na implementação ética das tecnologias, esta iniciativa destaca-se como um modelo de inovação responsável.
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